Bomba no vestibular, Cursinho, Faculdade e Trabalho

Os dias de Einstein na Itália estavam maravilhosos.

Sem a chatice da escola, sem aqueles militares nas ruas, sem ter que decorar nada e com todo o tempo do mundo para estudar e pensar nos assuntos que quisesse.

Seus parentes começaram a notar os primeiros sinais de genialidade na fábrica do tio Jakob, onde ele consertou um aparelho elétrico praticamente só raciocinando, mesmo sem experiência no ramo.

Sua criatividade e capacidade de raciocinar, pensar, insistir, até entender as coisas, começaram a ficar evidentes, resolvendo problemas que nem mesmo Jakob e o engenheiro da firma conseguiam resolver.

Isso fez com que seu pai quisesse que ele fosse um engenheiro elétrico.
Mas ele queria mesmo era saber como o universo funcionava, ficar pensando em luz, tempo, átomos...essas coisas ainda obscuras.

Mas ele começou a pensar no seu futuro.

Vestibular e cursinho

Ele decidiu então que queria ser professor de ciências, dar aula de Física e Matemática, pois estaria em contato com o que amava e ainda ganharia dinheiro para isso.

A solução foi tentar o exame para a Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, país que ele adorava, pois não era na Alemanha, tinha renome e muitos cientistas, e não precisava de diploma (que ele não tinha), bastava passar no exame de admissão.

Como gênio que ele era, foi moleza, correto?
Errado.

Ele até podia ser um gênio das ciências exatas da natureza, mas levou bomba em línguas.
E agora, como virar um cientista renomado, para passar o dia estudando o universo ?

Ainda queria estudar na Póli.
A solução foi fazer um preparatório, no Liceu de Aarau:

Em Aarau, ele começou a se preparar para os exames da Politécnica de Zurique, mas isso não o impediu de começar a pensar sobre as coisas do universo, com 16 anos.

Foi nessa época, ainda nessa idade, que fez uma das perguntas mais importantes de sua vida:

• Como seria viajar na velocidade da luz?

Como veremos mais adiante, essa pergunta, e as respostas que ele obteve, mudaram nosso entendimento sobre o universo de maneira nunca antes vista. Mas voltemos ao cursinho.

Após algumas dificuldades iniciais, em matérias que ele não gostava, ele começou a tomar jeito e estudar o que tinha que estudar para ir para a Póli.

Estava morando com uma família, os Winteler e aqui começou a mostrar outra característica dele: amaaaava mulheres, alguns diziam ser bem mulherengo, e começou a namorar com uma filha dos Winteler, a Marie (que era mais velha que o adolescente). Mas não durou muito, não se sabe o motivo.

Einstein vai para a faculdade

Os exames chegaram, e a preparação no Liceu de Aarau valeu a pena: Albert Einstein foi aprovado na Politécnica de Zurique:

Prestigiadíssima ETH, Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, uma espécie de ITA ou IME do Brasil

Na póli, seus estudos pessoais se afloraram muito, a ponto de ignorar muitas aulas e matérias da faculdade, gostava apenas de algumas poucas.

Trouxe de lá muitas pessoas importantes em sua vida, como seu melhor amigo, Michele Besso.
Marcel Grossman era um amigo que estudava bastante, e Einstein nunca negou que só conseguiu se formar por conta de suas anotações, que Albert estudava de última hora.

Isso mesmo, enquanto Einstein se preocupava com viagem no tempo, luz, gravidade, movimento relativo...Marcel ia assistindo as aulas, fazendo anotações e depois compartilhava com o amigo Albert.

Também fez muita amizade e começou a se interessar por política com o amigo Friedrich Adler.
E, claro, sua namorada: Mileva Maric, futuro esposa e mãe de seus filhos.

E aqui a história se repete: odiava a faculdade, odiava as aulas, professores e os exames.
Era um decoreba enorme, pouco se criava, muito se copiava e decorava.

Embora ele fosse genial na Física e na Matemática, ele estudava por conta própria, coisas e assuntos que lhe interessavam, isso não significa que ele ia bem nessas matérias na faculdade, cujo foco eram outros. Então, ele teve sim dificuldades com exatas, na Póli, embora já fosse um gênio da ciência.

Mas em 1900 ele prestou os exames finais, e conseguiu se formar, sem grandes problemas.

Einstein vai trabalhar

Agora a vida ficaria boa...era arranjar seu cantinho, seu emprego, ganhar dinheiro, e ter todo tempo livre do mundo pra estudar o que gostava.

Algo que todo jovem sonha, e algo que todo mundo quebra a cara quando cai na realidade.
Ele não conseguiu emprego em canto nenhum, pra fazer praticamente nada.

As notas dele não foram tão boas a ponto dele ser contratado como professor em universidade alguma, como ele desejara e planejara.
Até mesmo seu pai enviou cartas com pedidos e recomendações, para ajudar o filho, mas nada estava dando certo.

O máximo que ele conseguiu foram alguns bicos com professor, em escolas técnicas, pra dar aulas de matérias que ele tinha achado chata na Póli, como geometria descritiva.

Depois, virou professor particular, até morava e comia na casa dos patrões que o contrataram.
Ele odiava isso, ele era definitivamente anti-social.

Mas amigo é amigo, se encontrar um de verdade, o valorize.
Lembram do Marcel? Estava trabalhando na cidade de Berna, no Serviço de Patentes da Suíça, deu o toque pro Albert sobre uma vaga, e ele conseguiu trabalho.

Agora era esperar o anúncio oficial do emprego...enquanto isso, ele literalmente se humilhava para conseguir algum dinheiro dando aulas, estava tão na pior que até catava bitucas de cigarro na rua, para fumar.